Investimentos

PP-2: entenda a imunização e a segregação da carteira de investimentos do plano 

Publicada em 25/03/2025

Para conferir maior segurança ao patrimônio e otimizar as estratégias de investimentos do PP-2, a Petros implementou o processo de imunização na parcela de benefício definido do plano, isto é, na parcela madura, composta por participantes assistidos em recebimento de renda vitalícia. 

A estratégia consiste na aquisição de títulos públicos federais com rendimento superior às metas atuariais, casando os vencimentos dos títulos com o fluxo de pagamento de benefícios. Os títulos são comprados, majoritariamente, com marcação na curva, respeitando o prazo de vencimento mínimo de 5 anos no momento da compra, modalidade que permite a proteção dos ativos frente às oscilações de mercado, garantindo previsibilidade de retorno. 

Para implementar o processo de imunização de forma adequada foi realizada a segregação da carteira de investimentos do PP-2 em duas grandes parcelas: BD (benefício definido) e CD (contribuição definida). Esse processo permite que a Petros possa realizar uma gestão de investimentos ainda mais adequada às necessidades dos participantes, sem modificar as opções e direitos dos participantes do plano, proporcionando maior segurança ao patrimônio para quem está em recebimento de aposentadoria; e otimização das estratégias de alocação dos investimentos para o público que está na ativa.

Para entender melhor o assunto, é importante compreender que o PP-2 é um plano de contribuição variável (CV), modalidade que possui características de planos de contribuição definida e de benefício definido. Na fase ativa, o participante contribui para sua conta individual, junto com a patrocinadora, com um percentual definido sobre a remuneração, como num plano CD. No momento da aposentadoria, ele pode escolher entre continuar com sua conta individual, escolhendo uma das opções de renda financeira (prazo indeterminado, prazo determinado e percentual do saldo); ou benefício vitalício, transferindo seu saldo para uma conta coletiva, como num plano BD.

Assim, com a segregação dos investimentos, na carteira com perfil CD ficarão os recursos de participantes ativos e de aposentados e pensionistas que optaram por renda financeira; enquanto na carteira com perfil BD estarão os recursos de participantes assistidos que recebem benefício vitalício, além dos recursos destinados à cobertura dos benefícios de risco do PP-2 (pecúlio, invalidez entre outros), que ficam alocados no Fundo de Riscos do plano.

Atualmente, o PP-2 conta com mais de 50 mil participantes. Desse total, a maior parte é de ativos (86%), que estão em fase de acumulação de recursos, o que demanda uma gestão mais focada em aumento de patrimônio. Já entre os aposentados e pensionistas (14%), 6,1 mil possuem benefício vitalício (benefício pago até o fim da vida e que fica numa conta coletiva, isto é, tem caráter mutualista e, por isso, assume uma característica de plano de Benefício Definido).  Essa parcela do plano demanda uma gestão de investimento que busque o atingimento do objetivo de retorno com o menor nível de risco possível, ou seja, uma gestão mais conservadora voltada à manutenção do equilíbrio da conta coletiva, que deve garantir o pagamento das rendas vitalícias.

Neste sentido, a imunização na parcela BD do plano é fundamental para garantir retorno compatível com a meta atuarial e reduzir riscos de eventuais equacionamentos específicos para a parcela de participantes assistidos (aposentados e pensionistas) em renda vitalícia. Com base em rigorosos estudos de gestão de riscos, a Petros vai imunizar cerca de 95% da carteira de benefício definido do plano.

Com esse processo de segregação, os participantes visualizarão rentabilidades, conforme as carteiras CD e BD. Manteremos os participantes do PP-2 atualizados sobre o assunto. 

Mudança na legislação sobre marcação de títulos para planos CD e CV 

No fim de 2024, foi publicada a Resolução CNPC nº 61, que substituiu dispositivos da Resolução 43, que passou a permitir que planos CD e CV, como é o caso do PP-2, também possam adquirir títulos públicos federais contabilizados com marcação na curva para suas parcelas CD.  A decisão reforça ainda mais a importância da estratégia de segregação da carteira do PP-2, abrindo caminho para a realização de estudos específicos a fim de avaliar a capacidade também da parcela CD do plano na aquisição de títulos públicos marcados na curva.

A Petros já está estudando essa estratégia para aumentar a carteira de títulos públicos com essa marcação na parcela CD do PP-2, possibilitando maior segurança e retorno, considerando o cenário atual de juros elevados no Brasil.