Investimentos

Estratégia de imunização supera 70% nas carteiras do PPSP-R e PPSP-NR

Publicada em 18/09/2023

A implementação da estratégia de imunização dos nossos planos de benefício definido, que tem como objetivo dar mais segurança e previsibilidade de retorno aos investimentos, ultrapassou a marca dos 70% nas carteiras dos planos PPSP-R e PPSP-NR. O objetivo é alcançar 80% de imunização neste ano, conforme definido nos estudos de alocação, que avaliam cenários futuros do ponto de vista do ativo e do passivo.

A estratégia de imunização consiste em aproveitar o cenário de patamar elevado dos juros para adquirir títulos públicos federais com taxas acima das metas atuariais, casando o fluxo de vencimento dos títulos com os compromissos de pagamento de benefícios aos aposentados e pensionistas. Esse processo também mitiga riscos de novos déficits e aumenta a possibilidade de superávits futuros.

Como temos comunicado, os outros 20% de patrimônio que não serão imunizados estão alocados em diversos produtos oferecidos no mercado, como em renda variável e, sobretudo, nos ativos ilíquidos, como são chamados os investimentos que não podem ser vendidos a qualquer momento e que requerem estratégias consistentes de negociação. 

Responsável por mais de 10% do patrimônio do PPSP-R e do PPSP-NR, a carteira de ilíquidos tem ativos como imóveis, fundos de investimentos em participações (FIPs), fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) e multimercados, ativos de crédito e participações diretas em empresas.

Os ativos ilíquidos não possuem a previsibilidade de retorno oferecida pelos títulos públicos, sendo um desafio adicional na gestão dos investimentos. 

Diante desses desafios, a Petros tem atuado para a readequação dessa carteira. O número de FIPs, por exemplo, foi reduzido de 28 para 5 entre o fim de 2019 e 2023, por meio de diferentes operações de desinvestimentos de participação no mercado. Paralelamente, realizamos um trabalho de fortalecimento da governança desta modalidade de investimentos, estudando as melhores práticas no mundo.

Outro exemplo dessa readequação dos ativos ilíquidos é a carteira de imóveis da Petros, que possui pouco mais de 20 empreendimentos. Como resultado do aprimoramento da estrutura da nossa governança, a Fundação reduziu o índice de vacância dessa carteira de 42% no fim de 2019 para 19% até junho deste ano, somando mais de 120 mil m² de novas áreas ocupadas. Além disso, a Petros avalia oportunidades de desinvestimento de ativos imobiliários que não têm o perfil da Fundação e que geram custos de administração abaixo do objetivo de retorno.

Outra frente de atuação relevante para a Petros readequar a carteira de ilíquidos foi o de recuperação de créditos de investimentos do passado, por meio de FIDCs e fundos multimercados, resultando em R$ 591 milhões recuperados em créditos corporativos, como debêntures e Cédula de Crédito Bancário (CCB), entre outros, por meio de acordo ou venda dos créditos em carteira que estão em execução judicial ou extrajudicial. Discussões ainda em andamento podem aumentar o volume de recursos recuperados nesta frente nos próximos anos.

Em paralelo, a Petros vem desenvolvendo uma nova carteira de créditos, com rentabilidade acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e da meta atuarial dos planos. Essa nova carteira é dedicada ao crédito bancário, como Letras Financeiras (LF), de instituições de primeira linha. Atualmente, essa nova carteira de crédito, em fase inicial de construção, conta com cerca de R$ 45 milhões.