Investimentos

Políticas de Investimentos 2025-2029 reforçam proteção e diversificação

Publicada em 17/02/2025

As nossas estratégias de investimentos para o período 2025-2029 terão como principais diretrizes manter a segurança do patrimônio dos participantes e buscar maior rentabilidade para os planos de benefícios. Neste sentido, vislumbramos oportunidade para novas alocações em renda fixa, segmento que representa cerca de 80% dos investimentos consolidados da Fundação, assim como um aumento gradativo de alocações em outros segmentos. As estratégias serão adotadas de acordo com as características e nível de maturidade de cada plano, seguindo nosso robusto rito de governança e rigorosa avaliação de riscos para o processo de tomada de decisão.

As diretrizes constam das Políticas de Investimentos 2025-2029, documento aprovado por nosso Conselho Deliberativo e que orienta as estratégias para a gestão dos ativos e a aplicação de recursos dos planos no período. O documento é revisado anualmente para orientar as decisões de alocação dos 20 planos de benefícios administrados pela Fundação, que conta com um patrimônio total de R$ 132 bilhões, abrangendo um universo de 131,8 mil participantes.

 

 

Cada plano de previdência possui a sua própria estratégia de investimentos, adequada às suas características, ao nível de maturidade e ao perfil de risco. Nos planos de benefício definido (BD), o nosso foco permanece sendo a proteção, por meio da imunização das carteiras dos planos, como o PPSP-R e o PPSP-NR, estratégia que busca a redução de risco e maior previsibilidade de retorno. O alvo dessa estratégia passou de 80% para 85%, ampliando ainda mais o foco na estabilidade e consistência dos resultados. Já nos planos mais jovens, em fase de acumulação de recursos, como os de contribuição variável (CV) e de contribuição definida (CD), o objetivo é elevar a rentabilidade, mas mitigando riscos, por meio de estratégias que combinam diversificação e proteção dos investimentos.

“O ambiente global continua a exigir cautela. Desta forma, as novas políticas continuam focadas em renda fixa, que ainda traz boas oportunidades, para minimizar o impacto de oscilações bruscas dos mercados, assegurando o desempenho sustentável dos investimentos. Mas também vamos olhar a parte estruturante das carteiras e buscar outros segmentos seguros, que apresentam taxas e oportunidades interessantes, diversificando e ampliando a rentabilidade, com baixa volatilidade e sempre ajustada ao apetite de risco de cada plano”, destacou Gustavo Gazaneo, diretor de Investimentos da Petros.

Imunização, renda fixa e investimentos no exterior são destaque

Na renda fixa, a rentabilidade dos títulos públicos permanece atrativa, principalmente com patamar elevado dos juros diante do ciclo de elevação da taxa Selic. Dado o cenário desafiador para os mercados em 2025, seguiremos priorizando a liquidez para aproveitar oportunidades neste mercado para a parcela não imunizada dos planos.

Uma das novidades na renda fixa é a imunização de parte da carteira de títulos públicos do PP-2, o maior de contribuição variável do país, permitindo maior proteção para o plano frente à volatilidade do mercado. A estratégia busca minimizar os riscos através de uma gestão personalizada, casando o fluxo de uma carteira composta majoritariamente por títulos públicos marcados na curva (sem as oscilações diárias de mercado) com os compromissos de pagamento aos aposentados e pensionistas do plano. Essa estratégia apresentou bons resultados para os planos PPSPs, inclusive para os planos Pré-70, que superaram as metas atuariais e apresentaram menos oscilações com o cenário de mercado.

Com as mudanças na legislação, que passou a permitir a contabilização de títulos públicos federais com marcação na curva também em planos de contribuição definida, estão sendo realizados estudos envolvendo as áreas de governança, riscos e investimentos, para avaliar a possibilidade de imunização de parte das carteiras de outros planos, como o PP-3 e o FlexPrev, a fim de conferir maior proteção contra as oscilações de mercado para esses ativos.

Em renda variável, a Petros mantém seu foco na diversificação do portfólio, com alocação de recursos via fundos de gestão ativa e passiva, proporcionando estratégias complementares na busca pelo melhor retorno ajustado ao risco no longo prazo. Dado o cenário de incertezas, a exposição de cada plano à renda variável será reavaliada e poderá ser ajustada considerando perfil e nível de maturidade.

Em investimentos no exterior, que buscam a proteção das carteiras por meio da descorrelação com ativos locais, a Petros realizou um aumento gradual em alguns planos ao longo de 2024 e prevê seguir com essa estratégia em 2025, sobretudo nos planos mais jovens. O excelente desempenho da classe no ano, com rentabilidade prévia de 38,2% em 2024, em meio a um cenário doméstico desafiador, ressalta a importância dessa diversificação para os planos. Diante disso, a equipe de investimentos vem realizando estudos para novas alocações em hedge funds globais e na construção de um novo mandato de renda variável global, permitindo uma gama mais ampla de produtos de investimento no exterior.

Na classe de investimentos imobiliários, as alocações via fundos de investimentos de gestão ativa (FIIs) permanecem, assim como a estratégia de redução de vacância dos imóveis da carteira própria e os desinvestimentos em ativos que não estão mais enquadrados nas diretrizes estratégicas da Petros.

Já em investimentos estruturados, as estratégias estão concentradas em fundos multimercado de diferentes gestores, que atuam em diversas classes de ativos. Essa estratégia é fundamental para a diversificação das carteiras, através de um rigoroso processo de seleção de gestores. Em relação aos investimentos em FIPs (Fundos de Investimentos em Participações), novas alocações estão vedadas nos planos da Petros.

As Políticas de Investimentos 2025-2029 são resultado de um rigoroso trabalho desenvolvido por diversas áreas técnicas da Petros, sendo apreciadas por diferentes instâncias de governança da Fundação, como o Comitê de Investimentos (Comin) e a Diretoria Executiva, além de serem aprovadas pelo Conselho Deliberativo (CD). A publicação está disponível na Área do Participante do Portal Petros.